sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O dia em que a internet parou

Nossos filhos estão crescendo num mundo em que os pendrives, mouses, notebooks e outros equipamentos fazem parte do material escolar. Através da rede de computadores, eles estudam, pesquisam, se comunicam, fazem compras, estabelecem vínculos e muito mais. De maneira geral, as pessoas estão tão acostumadas com a internet permeando as mais simples tarefas do seu dia a dia que, por menor que seja uma falha de conexão, já se sentem perdidas e desamparadas no mundo. Hoje, os computadores – cada vez mais portáteis – são tão importantes quanto a geladeira para as famílias desse novo tempo.

São tantas as novidades tecnológicas que as ferramentas projetadas somente para os computadores, agora são facilmente encontradas nos telefones celulares. Em razão da tecnologia aplicada a esses aparelhos, e por suas diversas funcionalidades, muitos celulares são conhecidos como “smartphones”. Através desses pequenos aparelhos, mesmo durante o horário de almoço é possível disparar uma mensagem no Twitter, saber o que está acontecendo no seu Facebook, atualizar seu blog ou gravar um vídeo para disponibilizá-lo em um dos serviços disponíveis pelas mídias sociais.

Com todos esses atrativos tecnológicos, qualquer pessoa poderá iniciar uma dependência e ser capaz de ficar conectada ao mundo virtual de suas redes sociais 24 horas por dia, 7 dias por semana, se assim desejarem.

Há alguns dias, participei de um evento, que durou 4 dias, em que não podíamos utilizar a internet. Naquela ocasião, sem condições de verificar e-mails, atualizar o blog, postar uma mensagem no Twitter, o notebook sem uma conexão com a WEB não tinha grande utilidade. A sensação era como se eu não estivesse sendo produtivo. Outros colegas, mesmo podendo usar seus “smartphones” simplesmente como telefone celular, sentiam a mesma crise de “abstinência” por estar fora da internet.

A falta de conexão com o mundo virtual nos trouxe a sensação de isolamento total, do mundo e das pessoas, como se estivéssemos no espaço sideral. A partir dessa experiência, imaginei o dia em que, ao ligarmos o computador ou um dispositivo móvel, a mensagem recebida fosse algo semelhante a: “Você está sem conexão com a internet por tempo indeterminado”.

Diante de uma “greve cibernética”, ainda que possamos nos sentir inconformados com a situação, precisamos buscar alternativas para ocupar aquele tempo que foi sequestrado pelos computadores. Uma opção é redescobrir a simplicidade de costumes interessantes - não tão antigos -, que eram sinônimo de interatividade no tempo de nossos pais. Por exemplo: passar o tempo proseando com os amigos sentados na varanda; ler aquele livro que se iniciou, por várias vezes, mas parou no primeiro capítulo, ou fazer uma sessão de cinema em casa, entre amigos, com direito a pipoca e guaraná. Essas são atitudes simples que favorecem oportunidades de estreitar os laços de amizade através de uma conversa ou comentários sobre as suas impressões a respeito do filme assistido ou do livro que finalmente conseguiu concluir.

Atualmente, é muito comum comentarmos sobre aquilo que fazemos ou que pensamos, mas quase sempre, através de um monólogo dirigido aos nossos “seguidores” que estão espalhados em nossas redes sociais.

Não precisamos esperar um “blackout” na internet para intensificarmos nossos laços fraternos e retomarmos também aquelas coisas que têm sido raptadas pelos novos hábitos, gerados por nossa dependência adquirida num mundo virtual.

(Tema elaborado a partir de uma conversa com Paulo Moraes – Cachoeira Paulista-SP)

Dado Moura

contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista.
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/dadomoura

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12062

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